Sibelius é assim. Recorde-se das belos coros de Bach, acrescente aquele teor de longas sonoridades do Romantismo, alguns recursos do modernismo, harmonias que nos lembra o mais belo de Bruckner, com melodias tão belas (ao meu ver MUITO MAIS) que podemos encontrar em Dvorak. Além disso uma grande beleza bucólica, com uma atmosfera fria mas limpa, como o virgem vento que vem das geleiras. Feche os olhos, e parece que se tem uma imagem de longas planicies e grandes montanhas e rochedos, e as mais belas paisagens da Finlandia. E ao mesmo tempo, tudo isso, com algum tipo de espiritualidade que parece emanar da música.
Esta interpretação do Mravinsky é a melhor de todos que ouvi. E tipo, de longe! O solo do trombone é magnifico, pois se mesclou a algum tipo de vento nórdico como se surgisse como uma aurora boreal. Tal solo é implacavel de todas as que eu já ouvi, aliás, a de Bernstein eu não gostei, parecia que estava tocando Tchaikovsky ou Mahler.
Bem, não morram, não durmam, não respirem sem antes de ouvir isso!!! Perfeito para uma bela noite sozinho, fria e silenciosa.
É imperdivel!!!!
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