Ter conseguido fazer tal proesa é algo extremamente genial. É mais fácil quando pensamos em produzir grandes "climax" de euforia, bravura e alegria. Desses podemos encontrar em vários, como nos finais das sinfonias de Mahler, na 4ª de Tchaikovsky, 9ª de Debussy e Beethoven.... agora pensar em produzir um efeito oposto, produzir musicalmente um sentimento que poderia a comparar a dor de uma mãe que viu se filho morrer de forma brutal... usando apenas de cordas, com uma melodia 'tecnicamente simples', longo, penoso, mas ao mesmo tempo, não tediante, que te enche de tensão e prende até o ultimo minuto, quase te arrancando lágrimas. Para o qual não adianta apelar para fanfarrice, bombos, arpejos, ornamentações, tons coloridos, timbres coloridos, muitos instrumentos, volume, com quais é fácil fazer "uma grande festa". Por isso figo, é extremamente genial esta música. E dificil imaginar sendo feito com um outro grupo de instrumentos... talvez com trompas, flugelhorn, clarineta, trombones, tuba... todavia seria preciso ter um grande controle da embocadura para fazer uma constante vibrato mais para um tremulo bem controlado, tentando produzir efeito semelhante das cordas.
Disponibilizo essa excelente interpretação abaixo com a orquestra da BCC, sob a batuta de Leonard Slatkin; e com umas imagens que falam por si.
Disponibilizo abaixo também um grande achado. Um arranjo dessa música para coral, com o tema "Agnus Dei". Esta expressão em latim muito comum nos "Requins", é uma expressão para representar Jesus Cristo, como o Cordeiro de Deus, Aquele que morreu, que foi trucidado/dilasserado por nossos pecados, da maneira mais cruel possível; mas que foi o meio pelo qual trouxe salvação. Pensando nisso, o tema desta música cai perfeitamente bem.
2 comentários:
Nossa, muito legal seu comentário sobre o Adágio para Cordas! De certa forma eu formulava a mesma interpretação, mas lendo o teu texto acabei levando para o consciente aquilo que já sentia.
Valeu!
Obrigado pela participação no blog. Se tiver qualquer sugestão...
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