Nem preciso dizer o quão essas músicas são belas. Não vou falar sobre cada uma. Mas especialmente o concerto para Oboe, é impressionante. Vejo algumas células de outras músicas... mas é profundo. Hoje ouvi uma amiga ensaiando o Lago do Cisne do tio Tchaikov, ai acho que me inspirou a pensar em adagios. Ou talvez seja uma overdose de músicas explosivas, muito coloridas, atacadas, impactantes, fogos de artificio, coisas bélicas, chocantes, que me faz lembrar de um filme de ação, sempre muita ação, força, energia, impacto. Talvez por causa do musical que estou ensaiando, das 10mil notas do trompete, 9mil e 500 são acentuadas e com tenuto... e agora busco algo mais relaxante, como o adagio do concerto para Clarineta de Mozart, que um dos temas me lembra muito uma música da igreja, mas não sei qual. O que dizer do adagio da 5ª de Mahler? Quase me faz lembrar estar sentado numa grande pedra, num mar de aguas calmas, esperando as horas passar e vendo o sol dançando no céu, até deitar-se no horizonte, mas continuo lá, e as estrelas tomam a conta de uma bela noite, junto a uma lua refletindo nas águas... porém, recheado de um certo sentimento de solidão; uma certa luta entre a angustia e o belo que parece fazer os violinos derramarem lágrimas; gostei muito desta interpretação do Abbado.
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