22 junho 2010

1812 de Tchaikovsky

Por muitos meses esta foi, sem dúvida, minha obra favorita, entre todas. Vamos dizer que eu praticamente aprendi a ouvir, interpretar música e a perder o hábito de que uma música tem que ter um limite de tempo (não podia passar de 6min.); e aí todas as idéias desta 1812, desde a oração inicial, o desenvolvimento do drama, do conflito, até que chega naquele ápice da bravura, da honra, da energia ("vou dar tudo de mim"), quase como uma explosão de gozo de uma conquista e depois uma marcha festiva como quem conduz os últimos passos do fim de uma Guerra para a vitória... é sensacional! O que dizer então desta orquestração monstruosa (no bom sentido) do mestre Tchaikovsky?

Bem, achei esse vídeo no YouTube (ohhh!) há outros muito bons desta música, mas esse me chamou a atenção não pela interpretação (alías, ficou muito claro - tipico das orquestras Norte-Americanas, mesmo sendo uma inglesa - faltou ao meu ver um som mais profundo e corporado/robusto/cheio - os graves ficaram muito opacos e sumidos - ainda mais de uma música Russa), mas pela metaleira que foi colocada promovendo uma sonoridade e volume que, ao vivo, deve ter arrepiado até os pelos da orelha (tanto é que a platéia até se manifesta durante a música); os decibéis deve ter facilmente ultrapassado os 120, 140 ali; melhor, deve ter sido ensudecedor; deixando meu som no máximo dá para ter uma noção, mas a coluna de ar dos instrumentos fazendo vibrar até seu pancreas, apenas ao vivo. Bem, ficaaí, o vídeo da parte final desta maravilhosa e extraordinária composição.

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