Sozinho, a noite, no quarto escuro, um trompete na mão, sem métodos ou partituras, e, de repente, eis que uma inspiração surge. As notas vão vindo, a música vai vindo. Desafinada, arranhada, chorada, triste. É assim que era para sorar. Uma solidão, uma escuridão, eis o seu andamento, sua interpretação. Notas improvisadas, andamento descontinuo, ritmo destruído. Todavia uma clara expressão. Não se trata de perfeição do 440hz, não se trata de som maravilhoso de orquestra, não se trata de uma partitura beethoviniana, nem de metronomo. Mas uma arte que emanou e expressou, aquilo que qualquer um que ouvir pode entender, pode compartilhar. A tristeza, a solidão, a melancolia, a escuridão.
Tanto a música, quanto a gravação, foram ao vivo, de primeira. Surgiu totalmente em improviso. A partitura não sei lhe dar. Mas gostei tanto. Que fiz este vídeo com várias imagens de fundo, que fazem algum sentindo.
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